O Rito Brasileiro

Prestigiar ou aderir a uma Loja do Rito Brasileiro deve ser considerado uma legítima afirmação de Brasilidade e um autêntico ato de amor ao Brasil. É o segundo Rito mais praticado no Brasil nos dias de hoje e em alguns estados do Brasil, é o mais praticado, a exemplo da Bahia.

Dos diversos ritos praticados pela Maçonaria Regular, em todos os recantos da Terra, o Rito Brasileiro é um deles. O Rito Brasileiro à muito tempo é Regular, Legal e Legítimo. Acata os Landmarks e os demais princípios tradicionais da Maçonaria, podendo ser praticado em qualquer país.

Teria sido o embrião do Rito Brasileiro o apelo feito por um irmão Lusitano, um Cavaleiro Rosa Cruz, no ano de 1864, dirigido aos Orientes Lusitano e Brasil, no sentido de que fosse criado um Rito novo e independente, mantendo os três graus simbólicos, de acordo com a tradição maçônica, comum a todos os ritos e, os demais, altos graus, fossem diferenciados com características nacionais. Este apelo vinha com a seguinte afirmação: “Convimos em que semelhante reforma é contraria ao cosmopolitismo e a tolerância Maçônica mas também é verdade que, enquanto os Maçons forem patriotas, e os povos fisicamente desiguais, a conservação de um Rito Universal, parece-nos impossível: Talvez que um tão gigantesco projeto só poderá ser possível no vigésimo século”. Esta ideia está publicada às páginas 6, vol. I da obra clássica em Maçonaria, intitulada Biblioteca Maçônica ou Instrução Completa do Franco-Maçom, publicada em Paris, por Ailleaud Guillard.

Em 1878, em Recife surgiu a Constituição da Maçonaria do Especial Rito Brasileiro com aval de 838 obreiros, presidido pelo comerciante José Firmo Xavier, para as Casas do Circulo do Grande Oriente de Pernambuco; Esta Constituição era Maçonicamente totalmente irregular, pois a mesma além de se assentar sob os auspícios de sua Majestade Imperial Dom Pedro II, Imperador do Brasil, da Família Imperial e sua Santidade Sumo Pontífice o Papa, nela estava incluído vários preceitos negativos, como por exemplo: A admissão somente de Brasileiros natos, e em seu artigo 4° afirmava que uma das finalidades do Rito era defender a Religião Católica e sustentar a Monarquia Brasileira. Evidentemente o Rito não prosperou, pois era Irregular. Esta Constituição se encontra na Biblioteca Nacional e também publicada nos livros A Maçonaria e o Rito Brasileiro, de Hercules Pinto,Editora Maçônica, 1981 e Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e Aceitos de Mário Name, Ed. A Trolha, 1992.

Em 21 de dezembro de 1914, na reunião do Conselho Geral da Ordem, presidido pelo Soberano Grão Mestre Lauro Sodré, o irmão Eugênio Pinto, orador interino, fez a proposta para a criação do Rito Brasileiro, quando foi aprovada a criação do Rito Brasileiro. Em 23 de dezembro de 1914, surgiu o decreto n° 500, que deu o conhecimento aos Maçons e Oficinas da Federação, da aprovação, do reconhecimento e da adoção do Rito Brasileiro. Kurt Prober, pesquisador maçônico, tece severas críticas à forma de criação do Rito, alegando: que o quorum da reunião era insuficiente, realizada ao apagar das luzes e que o Rito teria sido invenção dos militares. Em 23 de dezembro de 1914, surgiu o decreto n° 500, que deu o conhecimento aos Maçons e Oficinas da Federação, da aprovação, do reconhecimento e da adoção do Rito Brasileiro. Kurt Prober, pesquisador maçônico, tece severas críticas à forma de criação do Rito, alegando: que o quorum da reunião era insuficiente, realizada ao apagar das luzes e que o Rito teria sido invenção dos militares.

Em junho de 1917, o Conselho Geral da Ordem aprovou a constituição do Rito com seus regulamentos, estatutos e rituais. Mesmo assim o Rito não prosperava pela falta de uma oficina chefe e de rituais publicados. Em agosto de 1921, através do decreto n° 680, o Soberano Grão Mestre do GOB expulsou o Grão Mestre e outros 45 Veneráveis de Lojas do Estado de São Paulo, cassando as cartas constitutivas daquelas Oficinas, que passaram a adotar o Rito Brasileiro, publicaram rituais para os três primeiros graus, cópias fiéis do Rito Escocês. Em 1940, Álvaro Palmeira propõe a formação de uma comissão para analisar, estudar e atualizar o projeto do Rito Brasileiro, que naquela época achava-se adormecido.

Em 1941, foi instalado o Supremo Conclave do Rito Brasileiro através do ato n° 1636. Este Supremo Conclave viria adormecer, pois havia pequenas diferenças entre o Grão Mestre Rodrigues Neves com o presidente do Supremo Conclave Otaviano Bastos.

Em 1968, considerado o ano da implantação do Rito Brasileiro, Álvaro Pimenta Soberano Grão Mestre assinou o decreto n° 2080, reativando o Supremo Conclave, determinando que 15 irmãos revissem a Constituição do Rito, adequando-a as exigências internacionais de regularidade, fazendo um Rito Universal, separando o simbolismo dos altos graus, conciliando a tradição com a evolução. Publicaram-se os rituais necessários.

Figuras Importantes

Nei Inocêncio dos Santos, Álvaro Palmeira e Lauro Sodré foram figuras fundamentais na consolidação do Rito Brasileiro, contribuindo de forma decisiva para sua estrutura e identidade dentro da Maçonaria

Lauro Sodré

O CRIADOR
O Grão-Mestre Lauro Sodré é reconhecido como O Criador, pois assina o Decreto no. 500, de 23/12/1914, que aprova o reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro no Grande Oriente do Brasil, certificando seu nascimento.

Álvaro Palmeira

O INSTRUTOR
O Grão-Mestre Álvaro Palmeira é reconhecido como o conformador do conteúdo intelectual e da doutrina, moldando e estruturando o Rito Brasileiro, escrevendo seus documentos e rituais, propondo a Maçonaria Social, dinâmica e participativa, promovendo seu renascimento pelo Conhecimento e Fraternidade, na conciliação da Evolução com a Tradição

Nei Inocêncio dos Santos

O PROPAGADOR
A história de Nei Inocêncio dos Santos se pereniza em seu trabalho para o Rito Brasileiro como Grande Primaz desde março de 1987, propagando e difundindo sua prática e princípios em todos os estados do país, promovendo seu crescimento e semeando para o amanhã.